O momento que todos muitos esperavam está chegando. Diablo 3 está aqui, depois de 10 anos de espera. E ele está… diferente.
Quem acompanhou as novidades ou já jogou o jogo, viu que existem algumas diferenças sutis em relação ao anterior. Sutis, mas diferenças do mesmo jeito. Uma delas é a Casa de Leilões, que eu já discuti num dos primeiros posts do blog, e que não mudou nada desde então. Mas existe ainda uma outra novidade, que é a nova árvore de habilidades ou, no caso, sua ausência completa.
Agora, o negócio é o seguinte (parem de pensar merda): não tem mais skill points. Ao invés disso, você aprende TODAS as habilidades, mas só pode usar uma certa quantidade delas ao mesmo tempo. Inicialmente, seu personagem tem só uma skill, e dois slots (botões esquerdo e direito do mouse). Conforme avança de nível, você vai aprendendo mais habilidades e liberando mais slots, até um máximo de seis (e mais três pra habilidades passivas). A habilidade de cada slot pode ser mudada a qualquer momento, mas existe um cooldown de até 15 segundos, em que você não pode usar aquela habilidade. Além disso, cada habilidade tem 5 runas, também liberadas conforme o nível do personagem, entre as quais o jogador pode escolher uma, para mudar o efeito da habilidade.
Ou seja, no nível máximo (60, por enquanto), todos os personagens de uma mesma classe terão as mesmas habilidades, e se diferenciarão pelo equipamento, habilidades e runas escolhidos. Tem gente não gostando desse novo sistema, dizendo que, assim, não existem mais os diferentes builds, e os personagens serão todos iguais, pouco originais.
Pessoalmente, eu achei esse sistema muito bom. Em primeiro lugar, esse sistema de builds, de diferentes personagens, era pura ilusão. Em Diablo 2, se você colocava dois ou três pontos nas skills erradas, seu personagem ficava muito pior do que poderia ficar, e isso forçava os jogadores a seguirem algumas builds pré-estabelecidas. Os famosos HammerDin, Bowzon, Summonancer, Trapassin…
Com esse novo sistema, mesmo que o seu personagem realmente fique um pouco pior, existe muito mais incentivo à experimentação. Você pode mudar de um build pra outro sem ter que gastar horas fazendo outro carinha do zero e seguindo bots em Baal Runs infinitamente (estou ignorando totalmente a possibilidade de USAR um bot pra upar. Se você faz isso, você é um bosta).
E é assim que se faz um Hammerdin. Oba. Quanta personalidade.
“Ah! Mas eles introduziram realocação de pontos em Diablo 2!”, dirão os nay-sayers. Acontece que essa era uma “solução” artificial e, de certa forma, limitada, considerando a chatice que era conseguir mais depois das três iniciais. Ou seja, fora de questão.
Além disso, no sistema anterior, você só ganhava novas habilidades até o nível 30, a cada 6 níveis. Agora, você aprende coisa nova TODO nível, do 1 até o 60. Seja uma nova habilidade, nova runa, novo slot… sempre tem coisa pra liberar. E, muitas vezes, mais de uma num mesmo nível. O número de combinações possíveis é absurdo. Um Bárbaro de D3, por exemplo: são 22 skills no total, cada uma com 5 runas diferentes. E mais 16 passivas. São… *fazendo contas*… MUITAS combinações. Mesmo que apenas… sei lá… 10% delas sejam viáveis, ainda sobra MUITA coisa pra tentar.
Existe ainda uma segunda novidade no combate, mas essa não foi tão mamilo polêmica. Sabe a sua Mana, que você precisava gastar pra usar qualquer skill? Pois é. Esquece ela. Agora, cada classe tem sua própria “energia“, que recupera/gasta de maneiras diferentes. Só o Witch Doctor manteve a boa e velha mana, que gasta com qualquer coisa e recupera relativamente rápida. O Bárbaro tem o Rage, que recupera com alguns ataques e gasta com outros, ou se você fica muito tempo sem bater em ninguém. Wizard tem Arcane Power, que recupera rapidão, e algumas magias que não gastam nada. Demon Hunter tem duas fontes de energia: Hatred e Discipline, que recuperam/gastam diferentemente também. Ou seja, as classes estão bem diferentes entre si, e muito customizáveis.
Resumindo, eu achei esse novo sistema muito melhor que o anterior, que, convenhamos, já estava datado. Existe muito mais variação de uma classe pra outra, e entre diversos personagens de uma mesma classe.
Porém, me foi apontado um detalhe que, de fato, acaba deixando o Diablo 3 um pouco pra trás no quesito “estética“: os personagens estão mais fantasiosos/ cartunescos. Antigamente, tanto em Diablo 1 quanto no 2, eles eram muito mais reais, mais críveis. Eu não tô falando de gráficos, que estão CLAMOROSAMENTE melhores. Eu to falando da estética do jogo. Do estilo visual mesmo. Não está tão sombrio quanto era antes. É uma óbvia influência de World of Warcraft, mas acaba tirando um pouco do clima que é uma das principais características da série.
Eles vão fazer um pouco de falta, vai…
Acho que essas são as grandes diferenças dos Diablos passados pro III. Fora isso, ainda é o jogo que a gente sempre curtiu e que estaremos jogando daqui 10 anos, como ainda jogávamos Diablo 2 até pouco tempo atrás.
Darkness falls. Heroes rise.